fevereiro 08, 2006

CAFÉ-COM-LEITE

Não quero parecer grotesco, absurdo ou até mesmo racista, mas não posso deixar de expor meu ponto de vista sobre esse determinado assunto. Tenho assistido a “espetáculos” com relação às raças desse nosso Brasil e por vezes me vem certas indignações. “Temos que fazer nosso papel com relação aos negros”.

Dizem. Eu concordo, mas, eu neste século irei resolver um problema arraigado em tantos outros séculos atrás? Sou a favor de uma melhoria na qualidade de vida de qualquer pessoa, branco, negro ou amarelo, mas também, sou a favor de uma visão igualitária para todos, coisa que essas tais cotas não representam. Sinto como se tivesse deixando varias outras minorias (ou maiorias) de fora ao “valorizar” somente uma.

Sinto como se fosse um crime não ser negro, “não ter” um passado sofrido para ter direito a “regalias” que se tem agora. As cotas não vieram para melhorar, a meu ver, ao contrario, somente piora a questão do grau de valorização que uma raça tem de si a até mesmo a de outras. Esta, porém, é uma questão que caminho em não me aprofundar.

Tenho “vários” amigos negros. Converso, convivo, para mim nunca existiu essa coisa de branco e negro, estamos no Brasil, que é tem realmente uma cor ou outra? Somos todos humanos. Ao que tudo indica querem que eu me sinta péssimo por não me declarar negro e conseguir vagas em universidades, programas de extensão e outros.

O que leio todos os dias no jornal universitário é isso: programas de cotas, programas de cotas. Será que estou com preconceito às avessas? Com o tempo saberei por hoje não prefiro me declarar nem branco, nem negro... Café-com-leite (pardo).

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