outubro 27, 2010

DEUS...SOU EU DE NOVO...

Deus...oi, sou eu de novo. Devo lembrá-lo que sempre estarei conversando com vc... (já perguntei antes se podia chamá-lo por vc e como não obtive resposta, devo imaginar que esse silêncio, queira dizer que não há problema)... Quando eu estiver com algumas dúvidas ou angústias.
                Ontem, algum engraçadinho, não sei se o destino ou o acaso, ou a malvada coincidência, mas, ontem me fizeram lembrar e pronunciar um nome que há muito tempo não saia da minha boca e para completar hoje pela manhã quando liguei o rádio, lá estava uma música que me fez lembrar de novo daquele nome, daquele rosto, daqueles momentos.
                Por favor, peça para não fazerem mais isso. Vc sabe q já não sou mais do tipo emotivo, não sei se por culpa do destino ou do livre-arbítrio - por terem me causado tanta tristeza -  mas já não o sou mais. Por favor, pare de me cutucar com lembranças e sensações que já não posso ter mais, pois, sempre que isso acontece a saudade encosta ao meu lado e não sai...Sabe aquele filme? “Como Esquecer” sabe né? Então, pode me dizer como eu faço para esquecer? Eu quero esquecer...Sabe aquele outro filme? “Memórias de uma mente sem lembranças”?, esquisito o título eu sei, mas depois comento sobre essa coisa de criatividade que vc pôs em nós humanos. Aliás, somos humanos mesmo? Eu levemente desconfio que não. Sabe qual é minha teoria? Que não passamos de sentimentos feitos de carne e osso e que viemos para este mundo para aprender a pensar. Mas não quero falar sobre isso...vc me faz querer falar sobre muitas coisas, até se estou pondo a preposição correta...(“quem fala, fala sobre alguma coisa ou alguém”), mas o assunto aqui, é outro.
Esse filme, o das memórias, é bem atípico. Ele fala de uma maneira, uma solução, um remédio para se esquecer as lembranças. Posso ter esse remédio? Eu sei que é ficção, mas muitas coisas do passado foram ficções e hoje não são mais. E como sabemos, só queremos esquecer aquilo que nos causa dor... mas... agora surgiu uma dúvida...se o que eu quero esquecer me causou dor e foi causada por alguém, isso quer dizer que esse alguém, do mesmo modo, me causou alegria, felicidade...uma coisa não pode viver sem outra, infelizmente. Se eu lembrar de coisas boas que não tenho mais, logo, vem as memórias das coisas ruins...uma coisa não está a parte da outra. O que eu faço agora? O que eu escolho? E por que vc fica tão mudo, não me fala nada? Oi, estou falando com vc...alguém? Vc está aí? Está né...Já sei, vc é o que tudo vê, o que tudo sente, mas não posso te ver. Por falar nisso, posso ser o que tudo antevê, mas não o que tudo sente?
                Eu sei que eu me saboto muitas vezes. Ligar o rádio numa estação de muitas melosas é o mesmo que pedir para lembrar, eu sei...Mas, pensa bem, vc me fez assim, se eu não fosse assim de que outro jeito eu seria? Por favor, não ponha mais lições de vida como essa, já estou sem roteiro, já não sei como esquecer, o que vai vir depois...? Nem quero saber, Deus me livre, quer dizer, “o senhor me livre”, digo...”vc me livre”, mas “vc” ficou tão estranho...”o sr me livre” então, hum...ficou tão estranho também...ah, vc me entendeu, quem manda me fazer complexadamente desconexo assim...Por favor...(estou num momento emotivo por isso tantos por favores), então, dá para não fazer mais isso? Pôr lembranças no meio do meu dia, da minha noite. O que tenho q fazer para não acontecer mais isso? Desejar bem forte? Bem, vc sabe que isso não é comigo, sou um filho de pouca fé, até para mim mesmo. Posso te fazer mais um pedido? - Sei q vc sabe que não será o último – será que eu podia um dia (mas que seja logo, sou ansioso) acordar e não lembrar mais de nada do que me deixou triste? Já pensou em nisso? Não? Eu sempre penso em muitas coisas desse tipo, não contei todas - ainda - para vc, mas não se sinta mal, é que não acho que sejamos, assim tão íntimos. Quem sabe um dia...Mas, a culpa continuo dizendo que é sua. Quem mandou me fazer assim. Falo mesmo (estou num momento de revolta, posso né? Vc mesmo disse que eu posso tudo, que a minha fé pode mover montanhas. Posso mover lembranças? Ih, mas não tenho muita fé...mas tb quem quer mover uma montanha? Ah, mas se estou falando com vc é pq tenho alguma fé, né? O que será q eu posso mover...será que posso mover aquele seixo alí...? Tá bom, parei com a ironia, eu sei q essa frase da montanha é uma expressão simbólica. )
 O meu pedido é... Acho que é isso que eu quero de fins-de-anos-aniversários-natais: esquecer tudo e todos que me fizeram mal, principalmente quem tem/teve um pedacinho do meu coração. Isso eu acho justo, vc não acha? Não basta terem roubado, devo lembrar que roubaram tb? Já eu esquecendo, não faria diferença quem roubou ou não...pq se eu não lembro, não aconteceu.

outubro 14, 2010

HOJE EU ACORDEI RACIONAL

Hoje eu acordei assim, dizendo que não queria filosofar. Acordei, assim, meio racional.
Mas hoje eu acordei mesmo querendo ser um cisne, esse bicho, meio assim, quase formal.
Houve dias em que acordei meio Bokowski, Nietsche e Drummond, tentando questionar. O quê? Você pergunta. A vida? Não sei, eu só queria tentar.
Eu já quis ir à Índia, ser velho, ser pai. Eu já tentei até parar de pensar no que eu queria. Não deu. Sou jovem, meu lance mesmo é ser rebelde e fazer o contrário dos demais: pensar, pensar demais.
Eu já disse o que as pessoas me dizem, disse assim, por inteiro, disse sem dó, disse sendo verdadeiro. Disse até “ó Deus eu queria meu roteiro”. Mas hoje eu queria ser mesmo era um cisne, com pena e tudo. Um Anserinae, como diz a biologia, de maneira tão formal.
Eu tentei até escrever – não ser um poeta, como você vê, essas são rimas pobres afinal. Eu gosto de escrever por que parece uma terapia, no geral. Meio patético, confesso, um jovem ser assim, tão Byronial.
Mas, não consigo esquecer-me de ser cisne, por que isso afinal? Já sei, a sua história hoje eu li, taí o por que do referencial.
Eu acordei querendo ser cisne por que eles passam a vida assim: sendo um único casal. Às vezes me cansa, não ser cisne, pois, já tive um par que pensei ser o ideal. Uma coisa me aborrece também é essa coisa de faltar alguém real. A vida hoje é meio confusa. Sou mais sociável na minha vida virtual. Ah, século XXI, afinal.
Eu quero mesmo é ser cisne por que para eles é fácil amar uma vez só, um companheiro só. Mas aqui onde eu vivo, não tem lago, não tem cisne, é quase que mortal.
Tá bom, já chega! De mostrar que acordou racional, que por essas letras parece mais uma flor de tão emocional. Queira mesmo ser cisne, pois, nesse reino aqui é muito diferente do seu devaneio jovial.  Aqui, meu caro, tem que se viver assim: com cada par que surgir como se fosse o ideal. Então, para de sonhar - filosofar até pode – só não pode é viver assim, escrevendo essas rimas, veja só quanta latrina. Portanto, meu caro poeta magistral, por favor, né, cai na real.

FILOSOFAR

Hoje eu não queria filosofar.
Olha esse sol, esse calor, esse ar...Que daqui a pouco há de garoar...

Hoje eu só queria tocar, cheirar, sentir...O mar, Iêmanjá, as ondas do mar...
Ah, que saudade que me dá...Da areia, da tapioca, dos amigos que encontrei, das bocas que não beijei...ih, filosofei!

outubro 13, 2010

AS PESSOAS VIVEM ME DIZENDO...

As pessoas me dizem para eu relaxar, que sou muito tenso...

Pois, eu digo que existo, logo, penso.

As pessoas dizem para eu relaxar, que ando tenso demais...
Pois, eu digo que sou cauteloso, característica de quem, também, já sofreu demais.

As pessoas dizem que não aparento a idade q o tempo me traz...
Pois, eu digo que esse tal tempo me cansa, por que está demorando demais.
 
As pessoas dizem que dizem que eu pareço um velho, pois penso demais...
Pois, eu digo q até aí tudo bem...o que eu não quero é parecer um jovem, tenso demais.

DEUS, EU QUERO O ROTEIRO DA MINHA VIDA

Qnto ao destino...bem, eu tenho medo do destino. E se meu livre-arbítrio, seguido da minha autosabotagem sobre a minha vida, me levar por um caminho o qual nao queria? ou q pensei q nao seria meu? Se destino é algo "já definido" oq q tem o livre-arbítrio a ver com isso então? Isso por só só já é bem confuso. 


" Deus, vc...(posso chamá-lo por vc? Posso né? É q não lido muito bem com hierarquia, bom, até lido, mas já q sou sua imagem e semelhança, posso te tratar como tal né? Se não, qualquer coisa vc manda o destino me dar uma lição, mais uma na verdade, bem sabemos... rs. Pode me mandar o roteiro da minha vida?

Eu sigo a risca, pode deixar...oq eu não sei é seguir esse tal livre-arbítrio, ele é muito confuso, nem sei se é junto ou separado, vou colocar junto, ou será separado? Tá vendo? Me deixa muitas escolhas...até q eu sou bem decidido, mas por exemplo, dois sorvetes: napolitano e creme com passas, eu adoro, amo... e agora como fica? Misturo os dois p nao ter q escolher e fica uma coisa assim: napolipassas ou cremenapoli ou passacremetano? Tá vendo? Com sorvete eu poderia misturar até, mas e com a minha vida? Não dá né...

Se vc me der um roteiro, eu sigo sim, faço até as coisas erradas q vier nele, não será por elas q eu vou aprender? então...eu já sabendo q vou aprender, q vou errar e q erros são, fica bem menos doloroso...até pq se vc fizesse isso eu não te culparia depois, nas minhas lamentações. Eu sei q vc sofreu e muito e tal...mas, eu já sabendo q seria umas das cobaias p pagar seu sofrimento, seria bem mais justo, não acha? Daí vem esse tal de destido, todo arrogante : " é como eu quero e pronto" devo aceitar assim? como um banana? E esse tal livre-arbítrio então, ah...muito confuso: "não sabe se vai ou se fica...não sabe se faz ou não faz..."ah, isso cinseramente me cansa, por favor né...ser marionete com scrip é bem melhor, dá até p pular umas páginas e saber oq vai rolar depois das consequências dos nossos atos. Acho muito mais justo, pronto, falei)."




outubro 10, 2010

O MEU HERÓI INTERIOR

Ontem eu li uma história sobre reis e rainhas, sobre encontrar seu herói interior e sobre como a honra e empatia, quando estão juntas, fazem de nós pessoas muito melhores e confiantes.
Quando eu era criança não prestava muita atenção nas histórias contadas pelos meus avós, talvez por que eu já estivesse vivendo às avessas: fui uma criança adulta e hoje sou um adulto procurando ser uma criança, para, talvez, não perder a esperança de um dia encontrar o meu herói.
Todos nós tivemos e teremos sempre grandes lições, seja por experiências próprias ou pelas experiências dos outros. O que devemos fazer é tirar o bom proveito dessas situações para não repeti-las, se foram maus exemplos, ou faze-las melhor, se foram bons exemplos.
A história que li sobre o herói interior nada mais foi do que uma grande lição. Serei eu um herói algum dia? Não como o Batman ou Superman, heróis para mim choram e demonstram sentimentos, amam e se magoam também.
Se um dia eu vou encontrar meu herói interior eu não sei...eu só não quero me tornar uma pessoas como essas daqui, as quais encontro todos os dias, que perderam seus heróis, perderam a hombridade do altruísmo e acima de tudo se tornaram tão sínicos quanto seus falos heróis .



EU QUERO IR À ÍNDIA...

Eu quero um dia ir à Índia...quero agradecê-la,
Quero andar nu pelas ruas, despido de vergonhas e pudores,
Quero sair andando sem ter medo de perder minha hipocrisia.
Eu quero ir à Índia para descobrir que sou um nada diante de tantas coisas maiores, mas também que sou um pouco que faz parte de um todo.
Eu quero ir à Índia para encontrar os indianos, os gurus e meus ancestrais bugineses.
Eu quero ir à Índia para encontrar um elefante azul, Sidartha magro e uma flor de Lótus e então organizar meus pensamentos.
Eu quero ir à Índia como os Beatles e Alanis fizeram e cantar Thank you India e me iluminar de aprendizado.
Eu quero ser visto como eu sou de verdade, eu quero confrontar meu mal necessário, eu quero me agradecer, me perdoar e acabar com todas as mágoas.
Eu quero ir à Índia para ter vergonha das coisas que tive e que tenho e não agradeci ou agradeço. Eu quero ir a índia para me encontrar, me perder...mas acima de tudo eu quero ir a Índia para saber que não precisava estar lá para encontrar tudo isso.
Eu quero ir à Índia, para encontrar a Índia, e saber que ela estava o tempo todo comigo e eu não sabia, assim como todas as respostas. Mas se quero encontrar alguma coisa é por que a perdi e como se perde algo que nunca se teve?

outubro 09, 2010

PALAVRAS QUE GOSTARIA DE TER ESCREITO E FI-LO PQ QUI-LO

SINTO FALTA...

sinto falta de pessoas inteligentes p conversar,

de horas sérias p falar...da cumplicidade de ouvir.

Sinto falta de argumentações sobre a vida,

...de viver para argumentar de vez em qndo,

Sinto falta da filosofia no outro...e de outras filosofias.

sinto falta de tempos em q era muito bom pensar,

de pensar em outros tempos...tempo q não tenho mais...sinto falta".

AH, SE EU FOSSE MARINHEIRO...

...correria daqui e me satisfaria um toque no mar.

flutuaria daqui e me contentaria um toque no ar...ah, se eu fosse marinheiro...

pensaria em ir mais fundo, onde ninguém pudesse me achar...

cortaria sem medo os nós das lembranças q n quero encontrar...

ah, se eu fosse marinheiro, seria mais coraj...oso e viveria ao invés de falar.

outubro 08, 2010

EU SEM MEUS BOTÕES

Estava eu aqui pensando com meus botões, quer dizer, com meus botões não por que agora só uso camisas apertadas tamanho PP compradas em lojas “especializadas”. Penso sobre isso de vez em quando, quando visto uma Pólo (também apertada). Como eu fui perdendo a essência de mim mesmo, se é que já havia achado alguma vez, o fato é: como deixei de ser “pensar” para me tornar “parecer”?

Deixe-me explicar, esse assunto está mais q batido em meus textos, contudo, recentemente redescobri o prazer de escrever, não como um exercício de auto-ego-inflado, ou também, não sei ao certo. A dúvidas permeiam minha mente agora, ainda mais tendo esse contato tão mais sensível e tático com o budismo. A incerteza é a maior das sabedorias, diz essa filosofia.

Um dia fui um garotinho muito, muito gordo. Não badalava, não me exercitava – fato mais q evidente num gordinho – não me socializava e só vivia em frente ao computador, um dia até casei por intermédio dele, mas isso é uma outra história. Era um nerdinho, para não dizer merdinha, peço desculpas a mim mesmo pelo insulto – é, agora eu me perdoou, me desculpo, me amo – no sentido saudável da palavra – e acima de tudo me respeito. Sidartha me ensina isso.

Hoje, eu luto para que as pessoas me levem a sério, saibam que eu penso e até tenho opinião - esta deriva da anterior - sabemos. Hoje eu me apresento assim: “Muito prazer, Marinho, estudei Jornalismo numa faculdade Federal, bebi de muitos filósofos, poetas e escritores...” citaria alguns em especial, mas não quero fazer isso agora. E observo a cara que as pessoas fazem ao me olharem dos pés a cabeça e suponho que perguntem para si mesmas: “ Será que cabe cérebro nessa camisa tão apertada?”. Um dia eu já me apresentei assim, em contra partida: Prazer, Marinho – minha educação não mudou, enquanto isso – sou modelo fotográfico/propaganda(isso é atestar que se é um imbecil, segundo as pessoas supõem).

Redescobri o prazer de escrever, pois redescobri também o prazer de ler...a mim, os outros, os grandes, os idiotas – falo dos que postam coisas no Facebook(nova febre mundial) do tipo: “ hoje comprei um note (notebook) que veio com Blu Ray (tecnologia do momento)”. De certo tratam-se de pessoas que estão fugindo delas mesmas, mas não vou me ater a isso agora, não agora, talvez depois eu fale das nossas fugas; e também eu não fujo por essas quase pretenciosas letras? Enfim, fugir é do ser humano, pois é mais fácil que enfrentar.

Logo, a questão é: estou eu agora enfrentando um lado meu escondido pelo gordinho quase autista ou enfrentando uma nova realidade a qual eu sempre quis evitar; a de me tornar mais um nessa grande metrópole na qual vim parar?