abril 12, 2006

HISTÓRIA SEM FIM

Num playground qualquer...

- oi?
- oi!
- vamo brincar? To com um tédio...
- vamo!
- o que você acha de hoje a gente matar seus pais?
- não! Eu tive uma idéia melhor, o que você acha de a gente matar meu país?
- mas por que você mataria seus pais?
- ah, sei lá, eles já me deram tudo, se eles realmente me amam me darão suas vidas também.

Algum tempo depois no fantástico...

(a repórter).

- Susane? Você lembra dos seus pais?
- claro tia, eles me levavam pra passear, eu passeava no shopping, na faculdade, passeava e passeava.

(A repórter com uma cara do tipo: nessa profissão eu agüento cada uma!).

- que camisa linda! Foi presente da sua mãe, que você matou?
- não! (chora)... Eu mesma fiz, note que ela é de couro. Eu mesma tirei um pedaço das costas do meu pai. (chora)
- olha tia repórter, eu tenho umas fotos quer ver?
- mas Susane, aqui é você sufocando seus pais com um travesseiro enquanto eles dormem!
- ah, você nunca brincou de quem agüenta mais sem respirar?! Quando eles ficavam roxos eu parava.
- Susane? Você matou seus pais?
- você gostou da minha blusa, mas não falou da minha calça!
- foi você quem planejou tudo?
-... Me acho gorda nessa calça!
- você ou seu namorado que teve a idéia?
- hum... Bege, acho que vou pintar o teto de bege!
- ah tia repórter, você faz muitas perguntas, se ainda fosse a Gloria Maria: viajada, competente, vários passaportes...
- Susane, como você planejou tudo? (A repórter já fula da vida)
- buá, buá, buá...

(De repente o choro é interrompido)

- você não teria aí um colírio? É que choro com lágrima convence melhor.

(A repórter em off...)

- desisto! Assassina fila da...
- quem ela pensa que convence com esse teatro tipo malhação?!
- você viu a bunda dela? Só não é maior que sua falsidade, ai que ódio!
(suzane em off...)

- ai... Pensei que ela não fosse desistir nunca.
(ageita o cabelo, põe mini-saia, batom vermelho...)

O tutor de Susane pergunta:

- ei! Vai pra onde?
- tô atrasada! Tenho um encontro com um político brasileiro honesto, depois com o chapeleiro maluco, vou assistir a uma palestra do Lula, discursando em inglês e depois sair por aí ouvindo histórias da Carochinha.

2 comentários:

Marcio Oliveira disse...

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
Perfeito!!! Muito legal Well. Por um instante na reportagem cheguei a pensar, na matéria no fantastico, que ela estava sobre efeitos de remédios e coisas do tipo...
Ohhhhhhhhhhhh, como sou inocente!!!
Porém, no decorrer da reportagem percebi atitudes estranhas, mas nada que me levasse a crer q ela mentia; mas, mudanças de atitudes... let it be!!!
O texto diz algo para mim em dois momentos: "os pais darem a vida" e, noutro momento "brincar de respirar". Ou seja, verdades ocultas de seres peçonhentos que nem os mais peçonhentos fariam. Eh só ter atenção ao "animal" que se cria. Nesse caso generalizo a raça humana ao "selvagem", um selvagem deotado de consciência, mas do que os inconscientes.

ttttttttttt disse...

hahaha.
os posts alí embaixo ; uns interessantes, outros engraçados.

mas bem quanto a este aqui, dá vergonha pra mim ler, sentir a merda que a menina fez mas ter a mesma vontade.
obs: sou fudido, mas meu pai é louco.
...
quésquecê flertefatal?
até.