abril 02, 2006

EU, COMIGO E EU MESMO

Quando acordo e vejo que inda nao amanheceu, me pego olhando para o teto e pensando nas mesmas coisas dos dias anteriores:
quem sou eu de verdade?
quem sou de mentira?


nesses momentos de auto-compreensao, sempre se enchia de dúvidas sobre si mesmo. E a depender do dia, se bom, achava-se ser de verdade, se nao, acahava-se a pior das mentiras.


Quando ouço os animais cantando, assim que amanhece, sinto como se fosse uma deixa; como se me mandasse: --Olha, os animais estão cantando, hora de subir, como se eu fosse o sol.


Sempre que sorriu entre os outros, as gracinhas, os afetos...Ao abriri meus olhos na madrugada sempre me pergunto: Sou eu? É neste sorriso que eu vivo ou me escondo?


Toda noite sempre as mesmas horas tinha o mesmo sonho. Lembrava de sua infância e a qualquer lugar que fosse, no sonho, sempre se via com um travesseiro pequeno a quem chamava só de bobó. Logo depois, que se lembrava desse nome, acordava e esquecia do sonho, como se tivesse perdido a divisão entre si(sonho) e ele mesmo(realidade), ou será o inverso?


Nunca falei para os outros, mas sempre que estava com eles eu me sentia bem, alegre. Em seguida vinha uma tristeza repentina de saber que aquele "bem" iria acabar, depois disso então, eu simplesmente só vingia sorrir.
Acredito que para cada um que conheça: amigos , familia e amores, haja um eu diferente. Para uns muito triste ara outros nem tanto.


Todas as vezes que vou descobrir quem eu sou para mim mesmo, eu durmo e nunca sei a resposta. Eu volto a fingir que estou sorrindo ou entao a me entristecer tentando encontrá-la.


Bobó sempre esteve com ele desde que nascera. Com ele já é a quarta geraçao a que este travesseiro acompanha. Apesar de dormir todos os dias com Bobó. Ele nunca se deu conta de que este pequeno travesseiro sempre foi o mesmo, aquele confeccionado por sua bisavó. Ele nunca prestou muita atençao nisso, nunca observou por baixo de qualquer fronha haverá sempre uma incrição: seja você mesmo!



Um conto meio confuso, que escrevi em meados de novembro do ano passado.

Um comentário:

Marcio Oliveira disse...

Ai, Well, muito massa...
Eu me recordo do post de hj. Um poema que fiz em relação ao q eh viver. Após fazer algumas afirmações e deixar umas reticências eu perguntei: viver, existe?
Basicamente isso, cara... Um abração.