março 29, 2006

NO DIA EM QUE EU MORRER


Este é um testemunho para minha vida inteira (ou pelo menos enquanto esta página estiver publicada). Quero revelar a vocês que me conhecem e aos que não me conhecem que no dia em que eu morrer e entre os lamentos de alguém (se houver) ouvirem algo do tipo:


--Ele sempre foi tão bom.
--Ele tinha tantos amigos.
--Ele foi um ótimo filho, sempre amou a família.


Se por acaso ouvirem isso, por favor desconsiderem. Para os os que me conhecem(ou pensam que sim) eu vos digo:


Nunca fui tão bom assim, nem com os outros , nem comigo; na verdade às vezes sou até ruim quando quero. Não sei a quem estou dirigindo estas palavras, pois sei que nunca tive e certamente jamais terei muitos amigos (aliás, esta palavra é meio controversa para mim). Emfim, nunca fui um tal com muitos amigos, mas não me arrependo por não ser diferente, acostumei-me assim.


Nunca fui um bom filho, por que nunca soube exercer este papel, poderia fazê-lo agora, mas não consigo, não consigo forçar-me. Nunca amei o que chamam de família , por que nunca soube como era, mas sempre almejei tê-la. Amo meus consanguíneos(pelo menos os mais próximos)
mas não tanto a ponto de rejeitar uma opurtunidade de deixa-los se assim convier meu destino.


Se ouvirem ou lerem algo assim sobre mim, eu vos digo: nunca foi verdade, como talvez também estas palavras não sejam. Esta é uma carta para dizer que ainda não achei o que procuro, mas também não temo se eu morrer e não conseguir achar.


Tudo o que eu me lembro até agora é que eu queria ter sido como a água, que mesmo ínfima diante de uma rocha consegue atravessá-la, ou mesmo diante de um obstáculo sempre consegue descobrir novos rumos. Nunca fui água, às vezes fui rocha, mas tenho certeza de que sempre fui um obstáculo, afinal, como dizia Frank Sinatra, em uma de suas cançoes, EU FIZ MEU PRÓPRIO CAMINHO.

Um comentário:

Marcio Oliveira disse...

Bem, amigo... morreu, morreu. Isso basta. Caminhos são caminhos... Outros trilhamm, outros apagam, enfim... somos ternos quando conseguimos alcançar o pensamento alheio, pq ai seremos nós q viveremos... Jah dizia o gande C S Pierce... N se preocupe com caminhos, preocupe-se andar... Soh n dar parar nem olhar p/ trás ou kalker outra coisa.