março 08, 2006

A BIOÉTICA É PARA QUEM?

O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão. Talvez Antônio Conselheiro não soubesse precisamente o que significaria estas palavras profetizadas por ele, o fato é que desde sempre de algum modo e em algum lugar o homem, ou menos uma pequena parcela dele, preocupou-se como conviver em equilíbrio com este planeta e com os recursos naturais que ele nos oferece.

Assim como nossos avós, Antônio Conselheiro sabia a sua maneira, que a natureza tem um papel muito significativo na vida de qualquer ser humano. Nessa terra todos sabemos, em se plantando tudo dá, mas nada é para sempre. Como usar os recursos naturais a que dispomos de maneira salutar?

Essa pergunta talvez nunca seja respondida e se for, alguém nos acude pois será tarde demais.
Sabemos que já passamos por uma era glacial— ao menos a mais recente — e sobrevivemos a ela. Contudo, o que parece mera ficção pode sim acontecer.

No filme O dia depois de amanhã, acontece exatamente isso: um superaquecimento global e um excessivo aumento dos níveis de água dos oceanos. O enredo já sabemos e não é preciso assistir a nenhum filme hollywoodiano. Dramas cinematográficos à parte, o que provavelmente não deixaria de acontecer seria o descaso das autoridades, como acorre no filme, as quais só lamentam quando somente há o mínimo a fazer.

Não é preciso contudo, que se pense que este fato está longe de acontecer. Nota-se a cada verão um aumento sensivelmente notado na temperatura e um inverno cada vez mais frio — levando-se em consideração a proporção de cada continente e suas subdivisões regionais. Está na hora desde de já que nós, habitantes também deste planeta, nos mexamos e que paremos de só cuidar do quintal de nossa casa, cuidemos também desse imenso depósito de lixo que se tornou a Terra para a humanidade.

Levando-se em conta, a imensa dimensão do nosso planeta, se se pensar em quantos condicionadores de ar estará ligado neste momento, sem dúvida não restará nem a mais tenra das camadas que nos proteja do derretimento das calotas polares, sem falar na rápida vaporização da água do mar a qual aumentaria os níveis pluviométricos. Assim com tanta chuva, não restará de pé ou em superfície, se quer uma palmeira onde cante qualquer pássaro que dirá um sabiá.

Logo, é inevitável que haja preocupações com respeito à natureza e a natureza das coisas com que a tratamos. Desligar o condicionador de ar não resolverá o problema, mas é uma pequena atitude que certamente fará diferença se a tomarmos como exemplo para fazer mais coisas desse tipo, e quem sabe assim nos reste mais alguns anos de sobrevivência neste planeta.

Texto produzido para a disciplina de filosofia.

Nenhum comentário: