junho 05, 2006

“NÃO DEVO SENTIR (...) PENA DE MIM MESMO (...)”


Sabe, estes últimos dias foram muito difíceis para mim, peguei um resfriado, uma gripe daquelas. Fui tomado por todos os sintomas: dores pelo corpo, muito frio, dor de cabeça e um cansaço muito grande.
Estes últimos dias foram difíceis não pela gripe, mas sim, por que, através dela eu pude constatar, mais uma vez, a importância que tem uma grande mulher na minha vida, a minha mãe. O lado rude está no fato de eu precisar de uma gripe para comprovar isso.

Eu estava sozinho e liguei para ela falando-lhe que precisava de remédio o mais rápido possível. Ela apareceu um dia depois da ligação.
Eu passei a noite toda ardendo em febre e sozinho, não conseguia nem levantar para beber um pouco de água, não conseguia dormir e as pontas de meus dedos doíam de tanto frio.

Pela manha, no outro dia, ela apareceu. Levantei-me com esforço e querendo um carinho de mãe perguntei:
- Mãe, eu tô com febre?!
Ela então ergueu a mão, posicionou-a em meu pescoço e disse friamente:
- Sim, você está com febre, mas vai passar. Tome o remédio.

Ela virou-se e então foi fazer outra coisa e eu fiz o mesmo, voltando para a cama.
Eu agradeço tanto a esta mulher que enquanto passava frio sozinho na cama, eu pensava e relembrava as outras gripes que já tive, e desde criança minha mãe nunca me tratou melhor ou pior que agora.

O que quero dizer é que foi através dela, ao logo desses anos, que aprendi a amadurecer e a não depender de ninguém, nem mesmo de meus vínculos de sangue. É como se ela desde cedo estivesse me preparando para esse mundo não tão bonzinho assim, que me cerca.

Ela me mostrou e mostra que nenhuma dor é insuportável o bastante e que só não há remédio para a morte. Uma grande lição de uma grande mulher, que sempre lutou muito para conquistar o que tem (não falo só de bens materiais, falo de tudo), que sabe realmente o que é dor e não ter ninguém com quem contar.

Esses quatro dias foram difíceis, mas foi assim que desde cedo eu aprendi que não devo sentir nunca pena de mim mesmo, que as gripes vêm e vão, mas as lições de minha mãe, mesmo que ela não se dê conta disso, nunca vão passar, mesmo que eu esteja com a pior das febres.

2 comentários:

Anônimo disse...

Q bom q vc pode tirar essa lição..

Mas será q ter um carinho é ter pena de si mesmo???
E sem querer ofender mas vc teve pena de si mesmo quando ela(tua mãe) te deixou sair pra procurar remédio, mesmo vc sabendo q sobreviveria se fosse na farmácia mais próxima no estado em q estava!!

Vc já tem o mundo todo pra te dar porrada não precisa levar da sua mãe tb! Existem outras formas de se preparar um filho pra o "mundo lá fora".

Lições???.. Será???...

Anônimo disse...

Devo dizer que carinho de mãe nao tem igual, mesmo estando longe, casado, desquitado, enfim o que for, ela sempre estara do seu lado!!! pois como dizia o ditado "mãe é mãe", e no texto em que você diz se deve sentir pena de você mesmo...tem sim!!viu...é orrivel fkar sem o aconchego da mãe nestas horas dificeis!Eu sei que é orrivel as veses nao ter a mae do lado!!! e tem mais...acho que amigos serve muito pra essas horas!!! e todos tem o dom de criticar e nunca de ajudar em...é sempre assim...mas sei que tu ta melhor!! mas melhoras ai!!!
Abraços!!