dezembro 22, 2005

AAAAAAAAAAAMÉM...



Domingo passado foi uma correria. Pela manhã fui ao batizado de meu sobrinho, era o padrinho. Depois de esperar algumas horas pelo padre, o qual faz uma espécie de rodízio entre mais três igrejas além desta onde houve o batizado, ficamos todos molhados de suor (parece que o dízimo não foi o bastante para um condicioandor de ar, pelo menos não para os "fieis", mas quem sabe para padre sim!).
Bem, depois que finalmente chegou, o padre então nos dispos em uma semi-circunferência, digo (nos) porque parece que assim como há casamento, há batizados: coletivos.
O padre então começou um discurso típicamente católico. Fiquei apreensivo. Afinal de contas, sou Ateu.
O padre prosseguiu e em meio a isso, havia um telefone que não parava de tocar. Se eu não estivesse onde estava diria que era a Marinete, o toque era igualzinho. O padre calou-se por alguns instantes e retrucou o quão absurdo era um telefone tocar na "casa de Deus", bom, não foram exatamente estas as palavras, mas têm o mesmo efeito. O devoto do senhor explicou-nos, não como seria o batismo, mas que assim como não devemos atender o telefone na igreja durante um batizado (no que ele está certo), não deveriamos também deixar a aducação de nossos filhos a mercê dos outros, muitos menos da XUXA, da Angélica, em fim ele quase rodou a baiana, só não o fez por que deve ser pecado.
Chegou então a hora que eu temia: o padre veio com aqueles papos de igreja, que cá entre nós não serve em nada, pelo menos para uma pessoa auto-crítica, assim como eu. O meu caráter nao se deve aos ensinamentos ou discursos de nenhuma igreja, mas também não desmereço quem o faz.
Chegou-se num ponto que todos tinham que dizer: EU CREIO...eu claro, fiquei calado, pelo menos em respeito aos que acreditam. Sem falar também que eu tive que me benzer. Sabe a quanto tempo eu nao fazia isso?! Foi estranho até demais, não tenho nada contra em fazer o sinal da cruz, é como se estivesse amarando os sapatos: raramente faço e é sempre chato.
Minha irmã me escolheu como padrinho, então...vamos as convenções, se dependesse de mim não haveria batizado, por mim ele, meu sobrinho, quando pensasse por si só que escolhece a religião que bem quisesse, afinal, não isso o livre arbítrio?!

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