junho 29, 2011

TENDO EM VISTA UMA ENTREVISTA VOCÊ...


Ah... sim, nesse Brasil tudo é diferente. Toda semana eu saio da minha casa, muito cedo, pego vento na cara, três metrôs lotados, para chegar com antecedência para fazer mais uma entrevista. Como é de praste, compro uma boa revista, jornal ou mudo a estação do rádio, no meu smartphone. Se for interessante posto algum aburdo aqui no face ou, numa rara ocasião, dou uma twitada, comentando alguma coisa, também absurda.

Chego no local da entrevista meia hora antes, para possivelmente ser "entrevistado" uma hora e meia depois. E antes disso, ouvir alguns "desculpem o atraso".
Todo mundo sabe que é regra não chegar atrasado ou em cima da hora, para uma entrevista e é certo também que, pelo fato de ter sido chamado para uma pré-seleção, supõe-se que o entrevistador tenha ao menos lido seu CV, ou que no mínimo, se tenha também essa mesma pontualidade por quem entrevista.
"bullshit", sim! Eles exigem expressões em mais de uma língua e estou fazendo uso dela agora. Posso falar me mais duas, se convier.

Depois de ler TODOS os artigos da revista, me vejo respondendo à perguntas - de novo - que seriam facilmente respondidas com uma simples consulta do entrevistador ao CV do entrevistado. NÃOOOOO...para que otimizar o meu e o seu tempo? Ninguém faz isso.

Bom, ao fim de todo o processo tive de fazer uma redação em inglês, sem tema, sem linhas mínimas e sem tempo delimitado. Aproveitei e propôs primeiramente o tema: "There looks like here" - algo como: "Lá é o mesmo que aqui ou lá se parece aqui" - versando sobre minha vivência no exterior - que lá, como aqui - sabe-se muito pouco sobre abordagem e como obter conhecimento interpessoal dos entrevistados.

A grande ironia seria: Eles fuçarem meu FB, lerem essa nota e já era a vaga, ou para "otimizar" o tempo de todo mundo: se eles não leram CVs, imagina essa nota. 

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